domingo, 16 de maio de 2010

Museus do Rio Grande do Sul

Museu Farroupilha
O Museu Farroupilha é um pequeno museu histórico de Triunfo, Rio Grande do Sul, dedicado à preservação de um acervo de peças variadas, onde têm maior importância a coleção de objetos relacionados à Revolução Farroupilha. O museu está instalado na casa onde nasceu Bento Gonçalves, situada à rua Luiz Barreto 170.
Foi criado em 1950 por José Luiz de Freitas, que organizou e expôs publicamente sua coleção privada, que compreendia uma série de itens pertencentes aos antigos combatentes farrapos, especialmente armamentos, como espadas, rifles, pontas de lanças, facas e adagas, explosivos, antigas garruchas e revólveres, bem como equipamentos, acessórios e partes de uniformes militares. Em 1 de março de 1971 todo o acervo foi doado ao município, passando a se constituir num museu público.
Mais tarde o acervo cresceu com outras doações da comunidade e tornou-se eclético, e hoje mostra objetos de arte decorativa, louças, mobília, trajes, antigos equipamentos de escritório e em especial uma reduzida mas interessante coleção arqueológica de artefatos indígenas, com vasos de cerâmica, boleadeiras, machados de pedra, pontas de flechas e outros objetos.


Museu do carvão
O Museu do Carvão é um museu histórico localizado na cidade de Arroio dos Ratos, no Rio Grande do Sul, Brasil. Localiza-se à rua Professora Silvana Narvaez, 61.
Criado em 31 de março de 1986, tem o objetivo de preservar a história da exploração do carvão no Estado. O edifício que o abriga é um prédio histórico, onde funcionou a primeira usina termelétrica do país. Seu acervo conta com ferramentas e utensílios de mineração, peças em porcelana para eletricidade e tijolos refratários vindos da Europa, além de fotografias, livros e mapas que registram a história das minas. Também são abertas à visitação as antigas galerias de mineração.

Carvoeiros


Museu Ambiência Casa de Pedra
Museu Ambiência Casa de Pedra é um pequeno museu instalado em um prédio histórico da cidade de Caxias do Sul, RS. Localiza-se à rua Matteo Gianella, 531.
O museu é dedicado à reconstituição do modo de vida doméstico dos inícios da colonização italiana na cidade. Possui um pequeno mas interessante acervo de peças doadas pela comunidade, datando de fins do século XIX até início do século XX, incluindo uma variedade de utensílios domésticos, mobiliário, peças de vestuário e de artes manuais como colchas bordadas e toalhas de crochet, algumas estampas com iconografia sacra, instrumentos agrícolas primitivos e outros da indústria caseira, como rocas e teares manuais.
Entretanto, o maior atrativo do museu é a própria casa, conhecida popularmente como a Casa de Pedra, o único remanescente em seu gênero no perímetro urbano de Caxias do Sul, e por isso do mais alto valor histórico. Foi construída no final do século XIX pelo imigrante Giuseppe Lucchese e seus filhos, no local então chamado de 9ª Légua. Em 1918 passou para a família Brunetta, e entre 1947 e 1974 pertenceu à família Tomazzoni.






Museu da Brigada Militar


O Museu da Brigada Militar é um museu brasileiro, localizado emPorto Alegre. Anteriormente instalado em uma edificação histórica tombada pelo IPHAE na avenida Aparício Borges 2.001, no bairro Partenon, desde 2001 atende ao público em caráter provisório no Quartel do Comando-Geral, na Rua das Andradas 498, no bairro do Centro. O horário de funcionamento é de segundas a sextas-feiras, das 9h às 11h30, e das 13h30 às 17h30.
O acervo é composto de importantes coleções de revistas e livros que retratam a história da Brigada Militar, além de uma variedade de objetos, mobiliários, peças de fardamento, medalhas e armas, que resgatam a memória da corporação e, por extensão, do próprio Estado do Rio Grande do Sul nos últimos 150 anos. Sua biblioteca possui entre outras raridades a coleção completa da Revista do Globo.


Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS) é um museu brasileiro sediado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e mantido pelo governo estadual. Localiza-se na Praça da Alfândega, no centro da cidade, e é uma das mais importantes instituições culturais do estado, alinhando-se entre os museus mais importantes do Brasil.





quinta-feira, 15 de abril de 2010

RS A questão dos limites


Pelo Tratado de Tordesilhas de 1494 que dividira o mundo de então, recém aclarado pelas viagens de Colombo, a linha que separava os dois reinos católicos da Península Ibérica passava, aqui no Brasil, na sua extensão meridional, ao largo do litoral do atual Estado de Santa Catarina. Teoricamente, portanto, a área que viria fazer parte do Rio Grande do Sul, pertencia pois aos espanhóis. Portugal, por sua vez, sempre procurou estabelecer como sua real fronteira, com o limite extremo do seu império na América do Sul, não uma linha abstrata, mas sim a margem esquerda do Rio da Prata. Todos os conflitos entre o Estado do Brasil e seus vizinhos do Prata foram decorrentes desse antagonismo sobre quais eram os verdadeiros marcos de cada um: o traço determinado pelo Tratado de Tordesilhas ou a curva do Rio da Prata.

Acredita-se que os padres da Companhis de Jesus tenham atravessado o rio Uruguai por volta de 1626, sendo que o Padre Roque Gonzales foi martirizado pelos indígenas em 1628. Na sua ocupação, os inacianos adotaram nas suas estâncias, para fixar os nômades guaranis do território, a alternância da cultura da erva-mate com a pecuária.

Em 1637, o bandeirante Raposo Tavares , atrás de mão-de-obra cativa, destruiu as reduções situadas entre os rios Taquari e Caí, obringando os jesuítas a fluirem para a margem diretita do Uruguai. A partir de então, o gado abandonado, sem interesse pra os bandeirantes, esparramou-se tornando-se gado "chimarrão", isto é gado selvagem. Formaram-se então as Vacarias do Mar, que estendiam-se até as margens do Rio Prata, e as Vacarias dos Pinhais, manadas de gado selvagem que ocuparam boa parte do Planalto Central e dos campos de Cima da Serra, e que iriam atrair os gaúchos.

O verdadeiro apogeu das Missões, revitalizadas no século XVIII, ocorreu entre 1720-56, quando se formaram os 7 Povos das Missões (S. Nicolau, S. Ângelo, S. Luís, S. Lourenço, S. João Velho, S. Miguel, S. Borja), situados na parte oeste do estado, até que ocorreu a destruição deles durante as Guerras Guaraníticas, cujas operações bélicas deram-se pela expedição luso-espanhola de 1753-6, tendo no cacique Sepé Tiarajú, o principal defensor das reduções indígenas. A chamada "época de ouro" das missões foi possível porque os descenddentes dos bandeirantes, mudando de afazer, tornaram-se garimpeiros nas Minas Gerais ou tropeiros e criadores de gado bovino e muar. A região dos Sete Povos das Missões no Rio Grande do Sul haviam passado ao controle português pelos Tratados de Madri, de 1750, e confirmado pelo de Santo Ildefonso, de 1777, mas efetivamente só começou a ser ocupada em 1801.

RS A questão dos limites

quinta-feira, 18 de março de 2010

O índio no Rio Grande do Sul


Ao chegarem os colonizadores, o Rio Grande do Sul era ocupado por três raças de índios: os gês, os guaranis e os pampeanos.

Os Gês

Os Gês talvez fossem descendentes dos mais antigos caçadores do interior. O que é certo é que habitavam o Rio Grande do Sul já pelo século II a.C. Dedicavam-se também à caça, pesca e coleta, mas sua agricultura era insignificante.
Moravam em casas de palha, mas para o inverno abriam covas de tamanho variado, podendo atingir até uns 18 metros de diâmetro por uns 7 metros de profundidade: as Casas Subterrâneas. Este tipo de casa já se encontrava abandonado na época do descobrimento.
O casamento devia ser feito com pessoa de outro clã. Admitia-se a poligamia e por vezes até a poliandra. O pai era considerado o único responsável pelo nascimento do filho e fazia dietas e repouso (couvade ou choco) quando ele nascia.
Alguns grupos Gês entraram no Rio Grande do Sul pelos meados do século XVIII, provindos do norte, ocupando as matas do Rio Uruguai.

Os Guaranis

Os Guaranis foram os primeiros agricultores do Rio Grande do Sul. Entraram como invasores.
Pertenciam a este grupo: os Tapes, o futuro índio das Missões do Rio Grande do Sul, que ocupavam as margens dos grandes rios do Centro e Oeste do Estado; os Arachanes que habitavam a banda ocidental da Lagoa dos Patos; Os Carijós ou Patos que habitavam o litoral marítimo.
O Guaraní é considerado de caráter brando, dócil e pacato, porém indolente e imprevidente.
Além do cacique havia um Conselho Tribal que decidia os assuntos mais importantes para a tribo.
Além do cacique havia um Conselho Tribal que decidia os assuntos mais importantes para a tribo.O cacique,no entanto,podia ter mais que uma esposa o que lhe permitiria dedicar-se mais à tribo,já que entre os guaranis cabia ás mulheres as lides da agricultura,enquanto os homens dedicavam-se à caça,pesca e guerra.
Atualmente existe uns 250 guaranis nos postos indígenas.

Os Pampeanos

Designa-se como Papeanos os indios Charruas,Minuanos,Guenoas e Yarós.
Habitavam o sul do Rio Grande do Sul,o Uruguai e partes das provincias Argentinas de Corrientes e Entre Rios.
O Pampeano contribuiu muito com a mestiçagem dos peões das estância do Pampa gaúcho. A ele se devem muitos usos e costumes campeiros, como o chiripá, boleadeiras e inúmeros vocábulos.

Pré História do Rio Grande do Sul







A Tradição do Rio Grande do Sul é definida como "grupo de elementos ou técnicas", com persistencia temporal. é importante salientar que tradição são hábitos de manufatura de artefatos, não de culturas. Tradição não é grupo humano, sociedade ou tribo, nem língua, cultura ou comunidade, apenas caracteristicas de confecção de objetos.




A Tradição Umbu




A Tradição Umbu era localizada nas planícies mais ao sul do estado até a encosta do planalto. Esta tradição caracteriza-se por pequenas populações (bandos de mais ou menos 25 pessoas) que ocupavam amplo território para obtenção de seus recursos de subsistência.




A Tradição Humaíta

A Tradição Humaíta era localizada em sítios que predominavam em partes altas e mais ou menos planas de ambientes de floresta subtropical, encontradas nas encostas do planalto, em matas de araucária no norte do Estado e no Vale do Alto Rio Uruguai.
Sua cultura material característica eram os grandes artefatos bifaciais, confeccionados a partir de blocos. Esses instrumentos foram chamados de "talhadores" e "raspadores", "picões", embora seu verdadeiro uso seja desconhecido.

A Tradição Sambaquiana

A Tradição Sambaquiana era localizada no litoral do estado do Rio Grande do Sul.
Exploravam o litoral, o mangue, as matas nativas no entorno dos sítios, vivendo de caça, pesca e coleta.

A Tradição Taquara

Os horticultores da Tradição Taquara habitaram o planalto do estado e possivelmente o litoral norte do estado.
Exploravam principalmente os pinheirais, caçavam animais e coletavam frutos e raízes de outras plantas silvestres. Plantavam em pequenas roças, das quais extraíam diversos produtos para sua subsistência.

A Tradição Vieira

A Tradição Vieira se localizava próximos a locais geralmente alagados, acredita-se que eles construíam as pequenas elevações para manterem o acampamento em áreas secas.
Os caçadores-coletores da Tradição Vieira já fabricavam cerâmica, mas não se sabe se desenvolveram a horticultura. Viviam da caça, pesca e coleta nos banhados, nos rios e nas florestas da região. Os sítios arqueológicos da Tradição Vieira são caracterizados pela construção de pequenos cerros, os cerritos, onde moravam e enterravam seus mortos.

A Tradição Guaraní

A Tradição Guaraní habitou-se aos vales de grandes rios, principalmente na região central, noroeste e litoral do Estado.
A Tradição Guaraní pertence ao único grupo que se pode ter alguma certeza quanto da ligação entre as fontes arqueológicas e as informações históricas.
A língua dos Guaranis atuais é a mesma que foi falada para os jesuítas no século XVII, e os objetos descritos pelos padres desta época são os mesmos que encontramos nas escavações arqueológicas.
Os Guaranis alimentavam-se de diferentes espécies de aves e peixes.
Os artefatos mais conhecidos de sua cultura material são as vasilhas cerâmicas com diferentes formas e vários tamanhos: predomina a decoração corrugada e corrugado-ungulada.